Chegou a altura de nós aficionados falarmos abertamente para todos aqueles que não gostam de tauromaquia e que se caracterizam como anti-taurinos.....
Eu como aficionada e uma defensora nata de uma tradição que por mais que queiram ou não, faz parte do nosso país, da nossa cultura portuguesa sinto-me no direito de perguntar a todos os anti-taurinos o porquê de serem contra? E faço esta questão porquê? Porque em todas as vezes que vejo a vossa defesa não encontro uma justificação lógica, concreta e plausível para eu conseguir perceber o porque de serem contra!
Como aficionada então eu tenho várias respostas a dar justificando a minha postura de defensora da tauromaquia em Portugal.
Em primeiro lugar e falando da personagem principal da nossa festa brava o Toiro, posso dizer a todos aqueles que são contra que valorizo e respeito o toiro por isso mesmo sou a favor da qualidade de vida que leva durante 4/5 anos, pastando livremente no campo, tendo uma vida que toda ela é suportada e revestida por isso mesmo qualidade!
Muitos falam em acabar com a tauromaquia mesmo sabendo que esse fim se um dia chegasse o toiro bravo seria extinto, então que amor é esse da vossa parte em que preferem a extinção de um animal???
É nestas situações que digo que os anti-taurinos não são coerentes.
Eu por exemplo nunca vi a comunidade anti-taurina à porta dos matadouros onde os animais sofrem barbaridades para morrer e que são submetidos a situações de dor e de massacre.
Como aficionada convido a todos os anti-taurinos a visitarem uma ou duas ganadarias e que vejam o dia a dia do toiro bravo e que assistam à forma como é tratado.
E faço este convite porquê? Porque lá está cada um de nós para defender o que quer que seja temos que ter conhecimento de causa e não falar por belo prazer e acusar todos nós aficionados se sermos uns assassinos.
Passando agora a números pois o nosso país vive disso mesmo pena que seja sempre de forma tão negativa.....
Pergunto se todos aqueles que são contra a tauromaquia têm noção dos postos de trabalho que está alberga, assim como a nível económico a ajuda que dá a muitas autarquias?
Se sabem que o maior número de praças do nosso país são propriedade da Santa Casa da Misericórdia das diferentes localidades do nosso país, e por isso mesmo acabam por ganhar todo o ano pela exploração das diferentes praças?
Se todos aqueles que enchem o peito de ar para criticar já pararam para pensar que grande parte da nossa população portuguesa principalmente no Ribatejo e no Alentejo vivem do Campo, se já pensaram em todas as profissões que existem em volta da tauromaquia, desde toureiros, bandarilheiros, campinos, emboladores, maiorais, e tantos outros que iriam para o desemprego com o fim da tauromaquia.....
Já para não falar que grande parte das pequenas localidades do nosso país apenas vivem de comercio local, e que esse comércio local muitas vezes lucra quando nessas mesmas localidades é dia de corrida de toiros, onde as ruas de enchem, os turistas conhecem muito o nosso país pela paixão também pelos toiros, prova disso é a praça de Albufeira por exemplo sempre cheia de turistas....
Já para não falar de terras que enchem em momentos de toiros são exemplo disso Monsaraz, Baião, Barrancos, São João da Pesqueira, entre muitas outras que em dia de corridas se enchem de pessoas.....
Não se esqueçam de todas as causas que temos ajudado com festivais e corridas beneficentes!!!
E vocês quem têm ajudado????
Chegou o momento de pararem e pensarem que a Tauromaquia é um mundo que movimenta muitas pessoas e que vai muito para além de uma arena!
O grande problema aqui e acima de tudo da nossa sociedade é não querer conhecer, não querer perceber apenas querer criticar porque lhes apetece e lhes dá prazer!
Como pode um anti-taurino dizer que defende um toiro bravo se depois é o primeiro a desejar a morte ao aficionado, como se vê em vários comentários em redes sociais por exemplo inclusive numa plataforma que se intitula "basta"....
Não acham falta de coerência querer defender um toiro bravo mas querer a morte a um ser humano???
Já para não falar de todos aqueles que nos chamam assassinos mas depois é vê-los em grandes restaurantes com grandes nacos de carne em frente, em marisqueiras com grandes mariscos mas isso já não importa o que importa é ser contra a tauromaquia porque lhes apetece nem eles sabem a razão lógica de o serem....!!!!
Com tudo isto apenas digo que o que vos falta não é nada mais nada menos que RESPEITO pelo próximo, pelas suas tradições e cultura!
Chegou o momento de abrirem a mente e pelo menos serem lógicos e coerentes, não pedimos que gostem mas apenas que respeitem.....
Assim como eu não gosto de caça para eu participar por exemplo mas respeito quem nela está presente pois não sou hipócrita ao gritar aos sete ventos que sou contra a caça mas depois a vou comer!
Exactamente como vocês que criticam a tauromaquia mas depois é ve-los roliços do que lhes servem no prato!!!!
Já sabem respeito é o essencial da vida e da humanidade pena que tão poucos a ponham em prática.!!!!
Viva os toiros, vivo a tauromaquia.
Saudações taurinas
Lara Veiga Vicente
O problema não está na morte, a morte é uma coisa natural.
ResponderEliminarAinda não sobrevivemos do ar, e embora haja dietas sem carne (vegetariana, vegan...), não só não são baratas, como muitas vezes fica a faltar nutrientes e a alimentação acaba por ter de ser complementada se queremos manter-nos saudáveis, não é fácil, mas há cada vez mais pessoas a fazê-lo totalmente ou em situações de objecção de consciência.
E sim, há movimentos contra esses matadouros e as condições que os animais lá passam, desde o seu nascimento, crescimento e/ou na sua morte, tais como, porcos, vacas, perus, frangos, galinhas poedeiras, patos de foie gras, etc; se desconhecem da sua existência, é porque não estão informados, estão sempre a tempo.
Quanto à tradição, entendo o "Homem vs Besta", o David contra Golias e a suposta desvantagem (não condeno os forcados, que acabam por levar muitas vezes 1 carga de pancada enorme, raramente aleijam o bicho, e esses sim são os que mais arriscam, mas estão lá porque querem, o mesmo não se pode dizer do toiro), mas espetar uma porrada de bandarilhas, fazer o toiro sangrar lacinando-lhe a carne, sofrer, magoar o animal que, tal como os outros mamíferos, tal como nós, sente dor, tornar esses maus tratos e violência um espectáculo e os espectadores e intervenientes, serem incapazes, por terem crescido nesse meio, de sentir empatia p'lo sofrimento que testemunham à sua frente, apenas porque os toureiros e demais fazem disso tradição cultural por o fazerem segundos certas regras e modus operandi criando um eufemismo a um espectáculo de sangue, parece-me demais no século XXI.
O que diriam se se começasse a criar um espectáculo de morte nos matadouros, e se pagasse bilhete para ir ver?
Bem, obviamente (julgo eu) que as pessoas que assistem e as que participam não são (p'lo menos por norma) psicopatas, que sendo eu de uma terra de tradição taurina, conheço até bastantes aficionados, mas será que não são capazes de ver o seu quê preocupante de saúde mental colectiva? Ou p'lo menos de COERÊNCIA! Um touro é na boa, 1 gato é maus tratos... Ok, aqui o "David" é o gato e o ser humano o "Golias", portanto se for um Elefante (que já é maior que uma pessoa e bem maior que um toiro) a ser espetado por várias farpas até sangrar e ficar deitado no chão de uma arena (até pode ser de circo) é então, viável e parece bem? Também consigo arranjar elefantes bravos e territoriais, porque não adoptar o rinoceronte à tradição, p'la lógica de manter viva uma espécie?!
Pronto, estou a criar cenários inusitados, mas a questão é o toiro, ou outro animal, não ter escolha, e não é para alimento, que aí consagraria 1 necessidade elementar nossa, mas sim para entretenimento.
O Coliseu de Roma também era uma tradição, já muito ultrapassada, em que colocavam gladiadores, numa arena, a lutar entre si ou contra animais selvagens com publico a assistir... parece-me bem semelhante.
Quanto à extinção do toiro bravo, se estamos a manter uma espécie viva, para manter os desejos sádicos de uma população satisfeitos, e se essa espécie não tem forma de auto subsistência, então, lamento, mas é mais 1 espécie que se extingue, mas é por razões capitalistas e não por razões culturais.
Não coloco em questão a beleza dos movimentos do cavalo, a destreza do cavaleiro, a habilidade do bandarilheiro, a coragem dos forcados, as capacidades necessária para enfrentar um toiro, mas será que havia necessidade? Será a única forma de comprovarmos e assistir a isso? Julgo que neste caso os meios não justificam os fins.
O dinheiro faz mover mundos, e sim, muitas terras apenas vivem realmente quando estas festas acontecem, é pena a cultura ser tão pobre para que seja esta a realidade; mas aí, a culpa não é das touradas, mas sim no pobre/inexistente investimento nas alternativas e cultivo do saber e conhecer mais, e dar oportunidade para que tal se desenvolva e prospere.
De alguém que compreende algumas partes apelativas das corridas, mas condena o combustível.